A Lenda da Mandioca
Em épocas remotas, a filha de um poderoso tuxaua foi expulsa de sua tribo e foi viver em uma velha cabana distante por ter engravidado misteriosamente. Parentes longíquos iam levar-lhe comida para seu sustento,assim a índia viveu até dar a luz a um lindo menino, muito branco o qual chamou de Mani. A notícia do nascimento se espalhou por todas as aldeias e fez o grande chefe tuxaua esquecer as dores e rancores e cruzar os rios para ver sua filha. O novo avô se rendeu aos encantos da linda criança a qual se tornou muito amada por todos. No entanto , ao completar três anos, Mani morreu de forma também misteriosa , sem nunca ter adoecido. A mãe ficou desolada e enterrou o filho perto da cabana onde vivia e sobre ele derramou seu pranto por horas. Mesmo com os olhos cansados e cheios de lágrimas ela viu brotar de lá uma planta que cresceu rápida e fresca. Todos vieram ver a planta miraculosa que mostrava raízes grossas e brancas em forma de chifre, e todos queriam prová-la em honra daquela criança que tanto amavam. Desde então a mandioca passou a ser um excelente alimento para os índios e se tornou um importante alimento em toda a região. Mandi = Mani, nome da criança. oca = aca, semelhante a um chifre.
Lenda do Curupira
um mito antigo no Brasil, já citado por Anchieta, em 1560. Ser tipicamente da floresta, não aparecendo em áreas urbanas, o Curupira é um anão, cabelos compridos, ruivos, cuja característica principal são os pés virados para trás, ou seja, os calcanhares para frente. Este defeito lhe especialmente útil para uma de suas maldades prediletas: fazer pessoas perdidas na mata seguir-lhe as pegadas que , afinal , não leva a lugar nenhum. Para que isso não aconteça , caçadores e lenhadores costumam suborná-lo com iguarias deixadas em lugares estratégicos. O Curupira, distraído com tais oferendas , esquece-se de sua artes e deixa de dar suas pistas falsas e chamados enganosos, imitando a voz humana, para desviar os que estão na floresta no rumo certo.Sendo mito difundido no Brasil inteiro , suas características variam bastante. Tem enormes orelhas aqui; é totalmente calvo ali; dentes coloridos acolá; usa machado, é feito do casco de jabuti.
Lenda do Saci-Pererê
Pequeno ser, negrinho , perneta, sempre pulando numa perna só, capuz vermelho vivo enterrado na cabeça, às vezes fazendo o bem e , muitas outras , o mal. Nas casas, passa a infernizando os afazeres domésticos , queimando a comida, apagando o fogo no meio de uma fervura , escondendo coisas, batendo portas e entornando líquidos. No campo , abre porteiras, espanta a criação e o gado, dispara cavalos, nos quais se compraz em traçar crinas e caudas em emaranhados difíceis de destrançar. Este personagem, visível ou invisível, sempre soltando irritantes assobios e pulando , mais conhecido no sul (também em Portugal), traz em si elementos de diferentes crenças como, por exemplo, do Kilaino, duende que , segundo registro, é "ente maléfico que mora no mato ou nos morros, assume formas diferentes (...) respondendo aos gritos de uma pessoa e gritando para transviar quem anda no mato.
Lenda do diluvio
Há muito tempos trás existiu um venerando homem chamado Tamandaré que ouvira dizer pela própria boca de Tupã (Deus) que o mundo ia ser inundado. Começou então a chover torrencialmente e as águas já alcançavam os mais altos montes. No cume de um deles ostentava uma alterosa palmeira. No olho dela procuraram refugio. Tamandaré e a sua família alimentando-se durante o domínio das águas com os seus saborosos frutos. 0uando as águas baixaram. Desceram e repovoaram a terra.
(Lendas Indígenas )