INFORMATIVO " SAÚDE"
INFORMATIVO " SAÚDE"

https://img.comunidades.net/rad/radioriourufm/logo_radio_rio_uru.jpg

 

 

 

Hipertensão Arterial

A hipertensão arterial (pressão alta) é das doenças de maior prevalência na população brasileira e mundial. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) estima que haja 30 milhões de hipertensos, cerca de 30% da população adulta. Entre as pessoas com mais de 60 anos, mais de 60% têm hipertensão. No mundo são 600 milhões de hipertensos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

 Hipertensão arterial: Aumento dos valores de pressão arterial acima dos valores considerados normais, que no adulto são de 140 milímetros de mercúrio de pressão sistólica e 85 milímetros de pressão diastólica.

 

 Prevalência: Número de pessoas em determinado grupo ou população que são portadores de uma doença. Número de casos novos e antigos desta doença.

 

 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.

 

 Saúde:  Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital.
2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar.
3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém.
4. Força física; robustez, vigor, energia.

 

Sinônimos:

Pressão alta

 

O que é hipertensão arterial?

A hipertensão arterial (pressão alta) é das doenças de maior prevalência na população. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) estima que haja 30 milhões de hipertensos, cerca de 30% da população adulta. Entre as pessoas com mais de 60 anos, mais de 60% têm hipertensão. No mundo, são 600 milhões de hipertensos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Embora o problema ocorra predominantemente na fase adulta, o número de crianças e adolescentes hipertensos vem aumentando a cada dia. A SBH estima que 5% da população com até 18 anos tenham hipertensão – são 3,5 milhões de crianças e adolescentes brasileiros.

A pressão alta caracteriza-se pela presença de níveis de pressão arterial elevados associados a alterações no metabolismo do organismo, nos hormônios e nas musculaturas cardíaca e vascular.

Considerada um dos principais fatores de risco de doença, é responsável por cerca de 40% dos casos de aposentadoria precoce e de absenteísmo no trabalho em nosso meio. É uma condição de causas multifatoriais que deve receber a atenção e o cuidado de todos.

 

Quais são as causas?

Em 95% dos casos, a causa da hipertensão arterial (HAS) é desconhecida, sendo chamada de HAS primária ou essencial. Nesses pacientes, ocorre aumento da rigidez das paredes arteriais e a herança genética pode contribuir para o aparecimento da doença em 70% dos casos.

Nos demais, ocorre a HA secundária, ou seja, quando uma determinada causa predomina sobre as demais, embora outras possam estar presentes. É o caso da:

  • HAS por doença do parênquima renal
  • HAS renovascular: provocada por algum problema nas artérias renais. O rim afetado produz substâncias que elevam a pressão arterial
  • HAS por aldosteronismo primário
  • HAS relacionada à gestação
  • HAS relacionada ao uso de medicamentos; como corticosteróides, anti-concepcionais ou anti-inflamatórios
  • HAS relacionada ao feocromocitoma: tumor que produz substâncias vasoconstritoras que aumentam a pressão arterial, produzem taquicardia, cefaléia e sudorese
  • HAS relacionada a outras causas

 

Quem está em risco para desenvolver esta condição?

Pessoas com história familiar de hipertensão podem apresentar maior risco para a doença. Pesquise se em sua família existem pessoas hipertensas. Caso faça parte deste grupo, procure orientação sobre como começar a prevenir a hipertensão.

Níveis elevados de pressão arterial são facilitados por: elevada ingestão de sal, baixa ingestão de potássio, alta ingestão calórica e excessivo consumo de álcool. Os dois últimos fatores de risco são os que mais contribuem para o desenvolvimento de peso excessivo ou obesidade, que estão diretamente relacionados à elevação da pressão arterial. O papel do teor de cálcio, magnésio e proteína da dieta na prevenção da pressão arterial ainda não está definido.

O estresse psicológico e o sedentarismo ainda aguardam provas mais definitivas de participação como fatores de risco, embora existam evidências de que sua modificação pode ser benéfica no tratamento da hipertensão arterial.

O aumento do risco cardiovascular ocorre também pela agregação de outros fatores, tais como tabagismo e dislipidemias - alterações nos níveis de colesterol e triglicérides, intolerância à glicose e diabetes mellitus.

 

O que sente o portador desta condição?

Na maioria dos casos, não são observados sintomas. Quando estes ocorrem, são comuns a outras patologias, tais como dor de cabeça, tonturas, cansaço, enjôos, falta de ar e sangramentos nasais. Por isso, a hipertensão arterial é conhecida como uma doença silenciosa. Isto pode dificultar o diagnóstico ou fazer com que os pacientes esqueçam de usar os medicamentos necessários para controlar a pressão arterial.

 

Como o médico faz o diagnóstico?

O diagnóstico é feito pela aferição (medida) cuidadosa da pressão arterial em mais de uma oportunidade. As medidas devem ser obtidas em ambos os membros superiores e, em caso de diferença, utiliza-se sempre o braço com o maior valor de pressão para as medidas posteriores.

A posição recomendada para a medida da pressão arterial é a sentada. A medida nas posições ortostática e supina deve ser feita pelo menos na primeira avaliação em todos os indivíduos e em todas as avaliações em idosos, diabéticos, portadores de disautonomias, alcoolistas e/ou em uso de medicação anti-hipertensiva.

As medidas devem ser realizadas por profissionais experientes e usando um equipamento devidamente calibrado.

Os médicos usam a tabela abaixo para classificar a hipertensão:

 

Classificação da pressão arterial de acordo com a medida casual no consultório (> 18 anos):

Classificação da PA

PA sistólica (mmHg)

PA diastólica (mmHg)

Ótima

   

Normal

< 130

< 85

Limítrofe

130-139

85-89

Hipertensão estágio 1

140–159

90–99

Hipertensão estágio 2

160-179

100-109

Hipertensão estágio 3

> 180

> 110

Hipertensão sistólica isolada

> 140

< 90


Quando as pressões sistólica e diastólica de um paciente situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificar a pressão arterial.

 

Quais as opções de tratamento disponíveis?

Existem dois tipos de tratamento para os hipertensos: não-medicamentoso e medicamentoso.

Um estilo de vida saudável é fundamental para controlar fatores ambientais que influenciam negativamente a pressão arterial. Uma alimentação rica em frutas, verduras e vegetais, evitar a  ingestão excessiva de sal , combater o sedentarismo e a obesidade, evitar o álcool e o cigarro colaboram para a redução da pressão arterial e para a diminuição do risco cardiovascular.

Quando essas medidas não são suficientes para controlar a pressão arterial, o médico pode optar por introduzir medicações hipotensoras com o objetivo de reduzir a morbidade e a mortalidade cardiovasculares. O tratamento medicamentoso deve estar sempre associado ao tratamento não-medicamentoso citado acima.

Existem vários medicamentos usados para controlar a hipertensão, como diuréticos, inibidores da ECA, bloqueadores do receptor AT1 e bloqueadores dos canais de cálcio. Às vezes, é necessário que o médico oriente uma associação de anti-hipertensivos.

O objetivo é reduzir a pressão arterial para valores inferiores a 140 mmHg de pressão sistólica e 90 mmHg de pressão diastólica, respeitando-se as características individuais, a presença de outras doenças e a qualidade de vida dos pacientes.

 

Quais são as complicações da doença?

O aumento contínuo da pressão arterial faz com que ocorram danos às artérias. Elas tornam-se mais espessadas e estreitadas, podem começar a ter placas de gordura aderidas a sua superfície, dificultando o fluxo sangüíneo. As artérias vão perdendo sua elasticidade, podendo entupir ou romper.

Essas complicações da hipertensão atingem mais freqüentemente o coração, cérebro, rins, olhos e artérias periféricas. Podendo levar ao infarto agudo do miocárdio (IAM), insuficiência cardíaca, arritmias cardíacas, acidente vascular cerebral, insuficiência renal, problemas oculares como diminuição da visão e alterações na retina ou problemas circulatórios.

 

Perguntas que você pode fazer ao seu médico?

- Quais as conseqüências da hipertensão se não houver tratamento?
- Quais as chances dos filhos de indivíduos hipertensos apresentarem a doença?
- A hipertensão atinge com maior freqüência algum grupo específico de pessoas?
- Até quando vou fazer uso de medicamentos para controlar minha pressão arterial?
- Existem grupos de ajuda para pessoas com hipertensão? Onde encontrá-los?
- Quais são os efeitos colaterais das medicações usadas no controle da pressão alta?